domingo, outubro 08, 2006

Inovação é o nosso modo de vida!

A Inovação está na ordem do dia!

Este neomodismo (ou chavão) está cada vez mais presente na literatura periódica e não periódica.

Mas apesar de cada vez mais se produzir investigação sobre o tema, ainda não estão bem definidas as linhas para a sociedade em geral.

Entendemos a Inovação como a mudança donde se retira valor, sendo que a mudança poderá ser num produto, num processo, numa organização, na cultura, legal etc. o que faz desta algo de transversal à nossa sociedade. O valor por outro lado pode ser ecológico, económico, social, cultural etc.

A Inovação é constante!

Tudo muda constantemente, se há algo que permanece é a mudança.

À constatação de que esta mudança ocorre e ao facto de podermos usufruir positivamente dela convencionou-se denominar de Inovação.

Cada vez mais intervenientes dão à Inovação o mérito pelo crescimento económico, pelas melhorias de condições de vida, por uma sociedade mais equilibrada e justa. Noutros tempos chamar-se-ia revolução a este processo, sendo que este termo tem mais carga política que o corrente Inovação.

A Inovação é de todos!

Mas há aqueles que fazem desta o seu modo de vida. E nestes estão inequivocamente os designers. Oriundos dos meandros dois grandes corpos da cultura, a Arte e a Ciência (ou Técnica como diria Francastel) os Designers regem-se por modelos de processo oriundos da Arte e da Técnica. Ora a Arte nunca se repete, sendo o princípio de vanguarda artística um princípio fundamental na evolução artística e a evolução científica outra verdade incontestável que leva à superação constante dos princípios anteriormente aceites como verdades, o Design enquanto campo do conhecimento usufrui destas duas vertentes de desenvolvimento ou motores de mudança que raramente permitem ao Design (ou Designer) surgir como algo recorrente ou repetente.

Inovação é o nosso modo de vida!

Nós os designers somos inovadores por definição. Lutamos contra a manutenção do mundo como está, propomos constantes revoluções, e sentimos-nos inibidos em avançar mais rapidamente pois a inércia cultural e social não negativa, mas existente reduz a capacidade de absorção de novidades mais rapidamente.

Todos se queixam da dificuldade de produzir Inovações Radicais, isto é, as que mudam completamente de paradigma, limitando-se às Inovações Incrementais, ou seja, melhorias constantes dentro do mesmo paradigma. Os designers com facilidade podem produzir este tipo de Inovações Radicais, sendo este o seu principal modo de vida. Um designer fica frustrado se o impedem de inovar!

Mais designers a inovar!

Assim com a integração de designers nas organizações seja ao nível operacional, como ao nível táctico e ao nível estratégico poderemos obter grandes vantagens competitivas sobre as organizações que não o façam. Os designers não devem servir para que as organizações atinjam objectivos do Marketing ou da Engenharia ou de outra qualquer área, mas sim para que as organizações inovem, mudem, e retirem valor desta mudança. E acreditamos que só com um grau de independência o Design se pode mostrar como gerador de mudança. Defendemos o CED (Chief Executive Designer) nas organizações como forma de alavancar mais rapidamente estas mudanças. Uma voz ao mais alto nível numa organização demonstrando as vantagens do design enquanto ferramenta de diferenciação, pode impulsionar essa organização para um nível muito acima do da competitividade económica.

O tempo o confirmará!

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